Papiro com mais de 4.500 anos revela finalmente como a grande pirâmide de Gizé foi construída


Na quinta-feira passada, o Museu Egípcio do Cairo colocou em exibição os papiros mais antigos do mundo. Os documentos têm mais de 4.500 anos de existência. Eles revelam o cotidiano das pessoas daquela época. Contam também a respeito da construção da Pirâmides de Gizé. Eles são da quarta dinastia do Rei Khufu e revelam muito a respeito da história, quebrando alguns mitos existentes.

O Channel 4, na televisão britânica, revelou mais detalhes de como as pirâmides teriam sido construídas. O ministro das Antiguidades do Egito, Khaled El-Anany, falou que os papiros foram encontrados ainda em 2013 dentro de uma caverna em Wadi el-Jarf, e lá desenterraram o diário de Merer, um funcionário envolvido diretamente na construção da Grande Pirâmide.

Bastante desgastados, os papiros faltam pedaços e é de difícil interpretação. Estudiosos e pesquisadores se empenharam para decifrar tudo o que se pudesse daquele achado. Tem-se, através dele, um vislumbre de como a grande pirâmide foi construída e de tudo o que envolveu o trabalho arquitetônico.

A construção é uma das sete maravilhas do mundo e é a única que permanece intacta. Ela levou 20 anos para ser finalizada e data de 2.560 a.C. Ela tem 139 metros de altura, feito de  calcário extraído em Tora, atravessando o rio de Gizé. O granito utilizado para colocá-la de pé veio de Aswan, localizado a mais de 800 quilômetros ao sul.

Antes do achado, havia dúvidas a respeito de como as pedras de calcário eram carregadas. O diário revelou que o transporte era feito através de barcos, que foram encontrados no pé da montanha, inclusive.Barcos que eram utilizados para o transporte do granito também.

Os pesquisadores também descobriram que o porto de Wadi al-Jarf desempenhou um papel importante. O cobre foi extraído do outro lado do mar estreito e transportado para Gizé através deste porto.

Historiadores e pesquisadores contam que esta foi a maior descoberta do século XXI.