A ilha de Quéménès, na França, faz parte do pequeno arquipélago de Mólenè. Ela fica no largo da costa distante de Breton, e precisa de novos moradores. O governo francês está a procura de um casal que se disponha a cuidar e manter viva a ilha e a fazenda que lá está. A região foi habitada durante milhares de anos, mas os últimos moradores nascidos lá partiram há 25 anos.
Ao invés de transformar o lugar numa reserva natural, ou algo parecido, o Conservatório, que comprou o lugar, encontrou um casal disposto a ficar na ilha e cultivá-la. David e Soizic Cuisnier viveram no lugar durante dez anos. Eram só os dois, numa missão romântica e desafiadora de permanecerem sozinhos no lugar.
Agora, com duas crianças, o casal deseja partir. Eles querem que seus filhos frequentem a escola e vivam na cidade, onde terão muitas oportunidades. Eles gostam do lugar, mas dizem-se arrependidos de ir para lá sem medir as consequências. Mesmo assim, acreditam que a experiência valeu a pena: “Ter vindo aqui foi um ato de loucura gloriosa. Mas se transformou na aventura mais maravilhosa da nossas vidas. Desenvolvemos a fazenda em um negócio bem-sucedido. Criamos uma família. Foi inesquecível”.
Na ilha há muito trabalho. Eles cultivam, cuidam dos animais e ainda dirigem uma pousada por seis meses do ano. Trabalham com o cultivo de batata Mona Liza, que vendem pela internet, e na cultura de algas marinhas.
As dificuldades de se viver na ilha são muitas, tendo em vista que eles têm que viver apenas dos recursos naturais oferecidos por ela. A energia é fornecida por meio de placas que captam a energia solar e a água é a que vem da chuva, exclusivamente.
“Nós mostramos que é possível ter uma vida normal e moderna, enquanto consumindo apenas o que a natureza deu. Temos todos os aparelhos eletrônicos que precisamos, incluindo um carrinho elétrico para dar uma volta à ilha”, dizem eles.
Resta agora encontrar mais um casal que se habilite a viver como os Cuisnier viveram estes dez anos. O que você acha?
